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  • Foto do escritorEmmanuel do Valle

Os 30 anos do último rebaixamento do Chelsea, e o que levou a aquela queda


O elenco dos Blues para a temporada 1987-88. Sentado ao centro, o técnico John Hollins, que ficou até março.

Ponto de inflexão na trajetória do Chelsea para se consolidar como uma das superpotências da Premier League a partir do fim da década seguinte, o sexto e último rebaixamento da equipe para a segunda divisão inglesa completa 30 anos nesta segunda-feira. Foi uma queda um tanto surpreendente, em vista do bom nível da equipe e especialmente do bom início de campanha. Mas com uma dose extra de drama por ter vindo em playoffs e ainda manchada por atos de hooliganismo.


A TURBULENTA DÉCADA DE 80 DOS BLUES


O Chelsea passou por maus bocados no início dos anos 1980. Afundado em dívidas, ameaçado de rebaixamento para a terceira divisão e com seus hooligans protagonizando diversos atos de vandalismo, acabou adquirido pela quantia simbólica de uma libra pelo empresário Ken Bates, homem controvertido, um tanto truculento, com gosto pelos holofotes e que também já havia sido presidente do Oldham e co-proprietário do Wigan.


O terreno do estádio de Stamford Bridge chegou a ser vendido a empreiteiros para quitar débitos – o que quase levou o clube a ter que dividir Craven Cottage com o Fulham – antes de Ken Bates conseguir judicialmente sua recuperação. Poucos anos depois, por outro lado, o novo dono do clube adotou medida extrema, chegando às raias do bizarro, para evitar as constantes invasões de campo por torcedores: instalou cercas elétricas em todo o perímetro das arquibancadas.


Dentro de campo, depois de terminar a temporada 1982-83 na 18ª posição da segunda divisão, a dois pontos da zona de rebaixamento para a terceira, o Chelsea recebeu investimentos maciços para reformular o elenco. Os resultados vieram: em 30 de abril de 1984, o clube garantiu seu retorno à elite após cinco anos, levantando também o título da segundona e tendo ainda o atacante Kerry Dixon, trazido no começo da campanha, como o artilheiro da competição.


Kerry Dixon: goleador e ídolo do Chelsea nos anos 80.

O clube então parte para duas campanhas bastante consistentes na primeira divisão, terminando na sexta posição nas temporadas 1984-85 e 1985-86, em ambas à frente de times como Arsenal, Nottingham Forest e Aston Villa. Na primeira delas, Kerry Dixon se sagraria novamente o artilheiro (agora da elite), ao lado de Gary Lineker, do Leicester. E ambos estariam com a seleção inglesa na Copa do Mundo do México, em 1986.


Em 23 de março de 1986, os Blues levantaram ainda seu primeiro título de copa em 15 anos, ao conquistarem a primeira edição da Full Members’ Cup, torneio de consolação criado pela FA para compensar a falta de futebol europeu para os clubes do país, banidos após a tragédia de Heysel. Uma maluca vitória de 5 a 4 sobre o Manchester City (os londrinos chegaram a abrir 5 a 1, mas os Citizens reagiram no fim) garantiu a conquista em Wembley.


Depois daquela vitória, no entanto, o time começou a dar sinais preocupantes: nos dois jogos seguintes, perdeu em casa por 4 a 0 para o West Ham e em seguida apanhou de 6 a 0 do Queens Park Rangers na grama sintética de Loftus Road. A campanha seria concluída com quatro derrotas (a última delas, outra goleada: 5 a 1 para o Watford em Stamford Bridge), o que tirou um pouco o brilho da sexta colocação, na primeira temporada do técnico John Hollins, ex-jogador de uma boa equipe dos Blues no início da década anterior, no comando da equipe.


O mau momento acabou adentrando pela primeira metade da temporada seguinte, quando a equipe venceu apenas três dos primeiros 20 jogos, até pouco antes do Natal, sofrendo outras duas goleadas acachapantes em casa: 6 a 2 para o Nottingham Forest e 4 a 0 para o Wimbledon. A reação começou com três vitórias seguidas entre a rodada de Boxing Day e a de Ano Novo e terminou com os Blues se salvando da ameaça de queda até com certa tranquilidade.


FORMANDO O ELENCO PARA 1987-88


Considerando a queda de rendimento algo contornado, o clube manteve Hollins como técnico, porém o elenco sofreu algumas alterações, na tentativa de aparar arestas. No gol, o rodado Tony Godden (ex-West Brom) seguiu para o Birmingham, deixando o galês Eddie Niedzwiecki no posto. Já na defesa, o clube abriu uma lacuna na lateral-esquerda, após negociar o prata-da-casa Keith Dublin e o experiente escocês Doug Rougvie (que também jogava na zaga) com o Brighton.


O meio-campo, que já tinha visto sair o volante Nigel Spackman para o Liverpool em fevereiro, durante a temporada anterior, perdeu mais uma peça com o descarte de Keith Jones (outro oriundo da base) para o Brentford. Já entre os atacantes, houve a baixa do escocês David Speedie, por quem o Coventry quebrou seu próprio recorde de transferências ao pagar cerca de £750 mil. Assim, com algum dinheiro em caixa, o clube trouxe poucas, mas boas apostas.


Além do lateral-direito escocês Steve Clarke, que havia vindo do St. Mirren ainda em meados da temporada anterior (permitindo a fixação definitiva de Darren Wood no centro do meio-campo), também chegaram dois bons reforços para o carente lado esquerdo, pescados em clubes rebaixados: o promissor lateral Tony Dorigo, trazido por £475 mil do Aston Villa, e o meia (que também podia atuar como ala) Clive Wilson, do Manchester City. Por fim, para o lugar de Speedie, veio o norte-irlandês Kevin Wilson, ex-Ipswich.



Esses reforços se juntariam a uma base que incluía nomes presentes no clube desde o fim da década anterior, como o defensor Colin Pates e o meia John Bumstead, ou pelo menos desde a primeira metade da corrente, como o zagueiro Joe McLaughlin (que receberia a braçadeira de capitão naquela temporada), o habilidoso ponta-direita Pat Nevin, o dinâmico armador Micky Hazard (ex-Tottenham) e o goleador Kerry Dixon.


Com esses nomes, o time inicial teria Niedzwiecki no gol, Clarke e Dorigo nas laterais, o capitão McLaughlin e Steve Wicks (zagueiro revelado pelo clube nos anos 70 que rodou por diversas equipes antes de retornar em 1986) no centro da defesa. O aguerrido Wood era o responsável pela destruição no meio-campo, enquanto o talentoso Hazard – sim, naquela época o Chelsea também tinha um na criação – era o armador, com Nevin e Clive Wilson abertos pelos lados.


Na frente, Dixon tinha a companhia mais frequente de Gordon Durie, promissor atacante escocês trazido do Hibernian em maio de 1986. Mas o recém-contratado Kevin Wilson também aparecia esporadicamente na função de segundo homem de frente, além de ser opção constante como no banco de reservas como um dos dois substitutos permitidos.


O BOM (E ENGANOSO) COMEÇO


Os três primeiros meses da campanha foram alentadores. O time venceu seus dois primeiros jogos, batendo o Sheffield Wednesday por 2 a 1 com um gol de pênalti no fim e impondo um categórico 3 a 0 ao Portsmouth fora de casa. Os dois resultados levaram à liderança, mas ainda era muito cedo para criar expectativas. Porém, até que as vitórias seguiram: em Stamford Bridge, o time bateu Luton, Nottingham Forest (numa eletrizante virada de 3 a 1 para 4 a 3) e Norwich, amenizando as derrotas nas visitas a Tottenham, Manchester United e Queens Park Rangers.



No fim de setembro, quando o time foi a Vicarage Road e sapecou 3 a 0 no Watford, subiu para a vice-liderança (num momento em que, fora o caso do líder isolado Liverpool, o perde-e-ganha na liga era generalizado). Logo deixaria o posto, sucumbindo à própria irregularidade. Mas ainda assim ocupava um bom sexto lugar ao final de outubro, após derrotar o Coventry e o Oxford, ambos em casa, por 1 a 0 e 2 a 1, respectivamente.


No fim dessa partida contra o Oxford, o goleiro Eddie Niedzwiecki voltou a sofrer uma séria lesão no joelho e chegou a ser substituído pelo ponta John Coady, já que não era permitido relacionar outro arqueiro no banco. A contusão acabaria encerrando sua carreira de modo prematuro e definitivo, aos 28 anos. Seu substituto para vestir a camisa 1, o também galês Roger Freestone, de apenas 19 anos, teve de ser lançado às pressas e numa fria, assumindo a titularidade justo no clássico diante do Arsenal em Highbury.


Coincidência ou não, começaria ali a derrocada vertiginosa dos Blues. Os Gunners venceram por 3 a 1, iniciando nos rivais um impressionante jejum de triunfos pela liga que duraria mais de cinco meses. Logo em seguida, o time perdeu na visita ao Derby num jogo em que Gordon Durie desperdiçou um pênalti, e depois só conseguiu empatar em 1 a 1 contra um Wimbledon que jogou boa parte do segundo tempo em Stamford Bridge com dois homens a menos.


O Chelsea encara o Sheffield Wednesday na rodada de abertura da liga.

Dali em diante viriam uma derrota de virada nos minutos finais para o Liverpool em Anfield. Três empates em casa com os rivais londrinos West Ham, Queens Park Rangers e Tottenham. Uma vantagem de dois gols desperdiçada em nova igualdade, agora com o Charlton fora. Três derrotas duras por 3 a 0 nas visitas a Norwich, Luton e Sheffield Wednesday. Uma reação jogada no lixo por um pênalti nos 3 a 2 para o Nottingham Forest. Uma derrota para o Manchester United em Stamford Bridge na qual o time perdeu chances incríveis...


A má fase atingiu níveis deprimentes na derrota por 3 a 1 para o Newcastle no St. James’ Park, em 27 de fevereiro. Com pouco mais de meia hora de jogo, a equipe estava em desvantagem de dois gols, anotados pelo brasileiro Mirandinha, quando teve um pênalti marcado a favor. Micky Hazard perdeu. Aos 22 da etapa final, Kevin Wilson descontou e pareceu ter colocado os Blues de novo no jogo. Mas aos 28, Paul Gascoigne ampliou. Ainda assim, dois minutos depois, houve nova chance em outro pênalti. E foi a vez de Kevin Wilson chutar nas mãos do goleiro.


Naquele mesmo mês, o presidente Ken Bates mandou embora o auxiliar técnico Ernie Walley sem consultar John Hollins. Para a irritação maior deste, Bates colocou Bobby Campbell no posto. O treinador também vinha enfrentando há tempos alguns atritos com o elenco, especialmente em virtude dos métodos de preparação impostos por ele e por Walley. Tudo isso somado às quedas vexatórias na Copa da Liga (pelo Reading) e na Copa Simod (com goleada de 4 a 0 para o Swindon) e ao continuado jejum de vitórias no campeonato deixava o caldo bem perto de entornar.


O PERSISTENTE PROBLEMA DA CAMISA 1


Com Freestone sem conseguir se firmar sob as traves, o time acabou contratando Perry Digweed do Brighton por empréstimo. Logo em sua estreia, um empate fora de casa com o Coventry no dia 5 de março, o novo arqueiro sofreu três gols – um deles, marcado pelo ex-Chelsea David Speedie. Os londrinos chegaram a estar vencendo por 2 a 0 e 3 a 2, mas a igualdade no fim das contas foi a gota d’água para Ken Bates, que decidiu encerrar de vez a era de John Hollins no comando, entregando o bastão ao auxiliar Bobby Campbell.


Bobby Campbell, o novo comandante, assumiu o time em março e ficou até 1991.

O novo treinador (interino, em princípio) começou sua trajetória empatando sem gols em casa com o Everton. E no jogo seguinte, parecia que o time enfim veria a luz no fim do túnel, indo para o intervalo com uma vitória parcial por 3 a 0 diante do Oxford no Manor Ground. Na desastrosa etapa final, porém, o time da casa marcou três vezes (com direito a outro gol de “ex-Chelsea”: no caso, o ponteiro Peter Rhoades-Brown) e, mesmo depois dos Blues passarem novamente à frente com gol de Dixon aos 41, foI buscar uma nova igualdade dois minutos depois.


Na tentativa de solucionar de vez o problema do gol, no fim daquele mês o clube trouxe Kevin Hitchcock do pequeno Mansfield, seu quarto camisa 1 na temporada. O novo reforço seria o dono da posição até o fim da campanha. E mais do que isso: permaneceria em Stamford Bridge por nada menos que 13 anos, ainda que na maior parte do tempo como reserva de nomes como Dave Beasant, Dimitri Kharine ou Ed De Goey, ou então lesionado.


O DRAMA DA RETA FINAL


Ainda que o novo arqueiro estreasse com derrota em casa para o Southampton pelo placar mínimo, a defesa passou a ser bem menos vazada nos próximos jogos. Ganhando um pouco mais de confiança, a equipe esteve perto de quebrar o incômodo jejum ao empatar por 1 a 1 em casa com Watford e Arsenal. Até, finalmente, vencer pela liga depois de 21 jogos, em 9 de abril, ao bater o Derby County por 1 a 0, com gol de Micky Hazard no último minuto da etapa inicial.


Dois novos empates, contra Wimbledon e Liverpool (os finalistas da FA Cup), com Hitchcock defendendo um pênalti em cada, valeram importantes pontos para tentar não entrar na zona de risco. Mas as escassas vitórias ainda preocupavam: contra os Reds (então já proclamados campeões), o clube chegava a incríveis sete igualdades nas últimas nove rodadas. Ainda mais porque faltavam apenas duas partidas para o fim da campanha – e estas seriam justamente dois confrontos diretos contra West Ham e Charlton.



Naquela altura, Portsmouth, Watford e Oxford já estavam condenados ao rebaixamento direto, ocupando as três últimas posições. Faltava a definição de quem ficaria com a indesejável vaga no playoff de descenso contra os repescados da segunda divisão. No primeiro jogo, em Upton Park, o Chelsea começou a ver a tragédia mais de perto: a equipe foi martelada pelo West Ham por 4 a 1, descendo pela primeira vez na temporada para a incômoda 18ª posição.


Nem tudo estava perdido, mas vencer o segundo confronto direto, contra o Charlton em casa, tornou-se uma obrigação, já que os Addicks somavam os mesmos 41 pontos dos Blues, mas levavam vantagem no saldo de gols. Num jogo carregado de tensão, o alívio parecia ter vindo aos 16 minutos, quando Durie sofreu falta fora da área, transformada em pênalti pelo árbitro. O escocês converteu e abriu o placar. Mas na etapa final, o zagueiro Paul Miller ganhou uma bola na raça e bateu prensado encobrindo Hitchcock e decretando o empate.


O PESADELO ESTENDIDO


Inapelavelmente, o Chelsea estava nos playoffs. O formato implementado naquela época durou apenas duas temporadas, em anos de redução no número de clubes na liga (naquele 1987-88, o campeonato da primeira divisão teve o bizarro número de 21 equipes). O quarto colocado de baixo para cima na elite enfrentava o quinto colocado (na ordem usual) da segunda divisão numa das semifinais, enquanto o terceiro e o quarto da segundona duelavam pela outra chave. Tanto as semifinais quanto as finais desta repescagem eram em jogos de ida e volta.


Para um clube tão abalado emocionalmente pela ameaça da queda, o Chelsea até que se recompôs de modo admirável nos dois jogos contra o Blackburn, adversário da semifinal. Ajudado também em parte pela fragilidade do próprio adversário, então há 22 anos fora da elite (ainda que contasse com ótimos veteranos como Steve Archibald e Osvaldo Ardiles). Jogando todo de vermelho em Ewood Park, o time londrino venceu por 2 a 0 e criou chances para fazer outros. Mas deixou a goleada para a volta, diante de sua torcida: implacáveis 4 a 1.


Contra o Middlesbrough em Stamford Bridge: jogando as últimas fichas pela permanência.

O Middlesbrough, que despachou o Bradford na outra semifinal, não estava para brincadeiras. Em julho de 1986, pouco depois de cair para a terceirona, o clube teve falência decretada pela Suprema Corte por dívidas e esteve perto de ser expulso da Football League. Mas conseguiu não só pagar os débitos e reverter a decisão como, ao fim da temporada, obter o acesso de volta à segunda divisão. No time dirigido pelo ex-meia escocês Bruce Rioch, um punhado de novatos em ascensão como o zagueiro Gary Pallister, o ponta Stuart Ripley e o goleador Bernie Slaven.


No Ayresome Park, Gordon Durie perdeu uma ótima chance, cara a cara com o goleiro, logo no início, e o Middlesbrough não perdoou, abrindo o placar em cabeçada de Trevor Senior ainda no primeiro tempo, numa hesitação da defesa dos Blues. O revés era até administrável, mas deixaria de ser quando, a nove minutos do fim, Bernie Slaven foi lançado na ponta esquerda, invadiu a área e chutou forte da linha de fundo para defesa parcial de Hitchcock. A sobra voltou para o próprio atacante, que dessa vez não vacilou.


O Chelsea, que havia desperdiçado uma chance incrível de descontar com Kerry Dixon ainda nos minutos finais, tinha agora uma montanha para escalar. Chegou perto de começar logo no primeiro minuto, quando uma cobrança de lateral na área terminou num chute de Pat Nevin na trave. Também esteve perto de desabar logo depois, numa bola do Boro no poste, seguida por uma cabeçada de Slaven por cima do gol. Até que aos 18 miinutos, Durie emendou cruzamento de Nevin da direita com um belo chute de virada, abrindo o placar. Êxtase em Stamford Bridge.


O PIOR DESFECHO POSSÍVEL


Precisando de pelo menos um gol para levar a decisão para um terceiro jogo em campo neutro (ou de dois para confirmar a permanência), o Chelsea acabou sucumbindo aos próprios nervos. A atmosfera no estádio, incendiada com o primeiro gol, aos poucos foi murchando e silenciando. Sem se desesperar, o Boro segurou o resultado e conquistou seu segundo acesso consecutivo. Os torcedores dos Blues mergulharam em tristeza, mas ainda pior do que a queda seria o deplorável comportamento dos hooligans locais.


Provocados por alguns torcedores visitantes, centenas de fãs do Chelsea invadiram o gramado e correram até o setor oposto das arquibancadas para atacar os rivais, com pedras e garrafas voando para todo lado. Houve muita confusão e violência também do lado de fora do estádio. A polícia demorou a entrar em ação e só controlou a situação com a chegada da cavalaria. Ao todo, 102 pessoas foram presas (incluindo 99 torcedores do Chelsea) e 25 policiais ficaram feridos.


O tumulto também não contribuiu para a imagem do futebol inglês, que tentava então levantar o banimento de seus clubes dos torneios continentais. O Chelsea foi multado e instado a fechar um dos setores das arquibancadas pelos seis primeiros jogos da temporada seguinte. Mas se recuperaria da má imagem deixada na despedida e também da tristeza pela queda: venceria com folga a segunda divisão no ano seguinte, voltando à elite de onde nunca mais saiu.


Na segunda metade dos anos 90, o clube voltaria a brigar por títulos grandes, inaugurando também a era “cosmopolita” do futebol inglês: com um time repleto de jogadores de nível internacional, o time levantou a FA Cup batendo o próprio Middlesbrough em 1997 e ainda a Copa da Liga inglesa, a Recopa e a Supercopa europeias em 1998. Com a saída de Ken Bates e a chegada do magnata russo Roman Abramovich, em 2003, o clube se firmaria como um dos mais poderosos do continente.

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