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O ano após o caos: relembrando a temporada 1985-86 em dez histórias

  • Foto do escritor: Emmanuel do Valle
    Emmanuel do Valle
  • 9 de ago.
  • 12 min de leitura

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A sucessão de eventos desastrosos que marcaram o desfecho da temporada 1984-85 deixou um gosto bastante amargo para toda a comunidade do futebol na Inglaterra. Tragédias do hooliganismo, que vivia seu auge, como em Heysel, Luton e Birmingham. Da estrutura sucateada do futebol, que levou ao incêndio em Valley Parade, estádio do Bradford. E de clubes acumulando prejuízos e se colocando à beira da falência (caso do Middlesbrough, que seria rebaixado à terceira divisão). Neste panorama aterrador, o jogo se tornava cada vez mais impopular e desprestigiado perante a opinião pública. Não à toa, as médias de público caíam vertiginosamente aos menores índices do período pós-Segunda Guerra.


Sendo assim, a expectativa para a temporada 1985-86 era a de terra ainda mais arrasada, devido à suspensão dos clubes ingleses das competições continentais pela Uefa, a perspectiva de arrecadações de bilheteria ainda menores, o desinteresse – quando não a violenta reprovação – da mídia e do poder público acerca do jogo, a falta de medidas efetivas para combater a fúria dos grupos mais violentos de torcedores e para promover melhorias nos estádios decrépitos e sem segurança. Mas, surpreendentemente, em meio ao caos, até que houve futebol: a temporada assistiu a uma das disputas pelo título mais acirradas dos últimos tempos e registrou a maior média de gols (2,79) desde 1967-68.


Relembramos abaixo dez histórias da temporada em que o futebol inglês pareceu tentar dar a volta por cima depois da descrença geral: sucessos, fracassos, heróis, vilões, polêmicas, dramas e muitas taças levantadas, sobretudo por um rotineiro campeão daqueles tempos. E que, como a atual, foi aberta num 10 de agosto, com a disputa da Charity Shield – hoje Community Shield – entre os vencedores da liga (Everton) e da FA Cup (Manchester United).

 

1. Sem copas europeias, mas com novas competições


O banimento dos clubes ingleses pela Uefa – na época, ainda por tempo indeterminado – alijou o Everton da Copa dos Campeões, o Manchester United da Recopa e Liverpool, Tottenham, Southampton e Norwich da Copa da Uefa (este, por vencer a Copa da Liga). Com o suposto intuito de tentar compensar a falta de competições continentais para os clubes (na prática, para manter o calendário inchado), a Football League criou duas novas copas para serem disputadas além das já tradicionais FA Cup e Copa da Liga.


Manchester City e Chelsea pisam o gramado de Wembley para decidir a primeira Full Members Cup.
Manchester City e Chelsea pisam o gramado de Wembley para decidir a primeira Full Members Cup.

Surgiam então a efêmera English Super Cup, disputada entre os seis clubes que jogariam os torneios continentais, e a Full Members' Cup, que reunia as demais equipes da primeira e segunda divisões. Obviamente eram torneios caça-níquel, que não angariaram o mesmo prestígio nem despertaram grande interesse. A primeira duraria uma única edição, levando mais de um ano para ser concluída e enfim conquistada pelo Liverpool. A segunda faria um pouco mais de sucesso, arrastando-se com outros nomes até a temporada 1991-92.


2. Futebol na televisão? Esqueça...


Toda a primeira metade daquela temporada se desenrolaria longe da televisão, já que a Football League (que organizava as quatro principais divisões) exigiu mais dinheiro do “pool” formado pelas emissoras BBC e ITV, e esta se recusou a aumentar a oferta de £19 milhões por um contrato de transmissão de quatro anos. Havia ainda um impasse entre as partes com relação à divisão entre o número de jogos transmitidos ao vivo e o de compactos com os melhores momentos – os clubes queriam mais do segundo, já que na época era forte a ideia de que futebol ao vivo na televisão tirava público dos estádios.


Até a virada do ano, com exceção da Charity Shield (atual Community Shield), o futebol de clubes passou bem longe da telinha. “Nenhuma partida foi exibida pela televisão. E nesse período nós jogamos um futebol espetacular, um dos melhores que já vi. Infelizmente, não há nenhum registro visual disso”, lamentaria anos depois o então técnico do Manchester United, Ron Atkinson, no documentário Match Of The 80’s, da BBC. A conciliação só viria em janeiro de 1986, quando os clubes aceitaram £1,3 milhão – bem menos do que haviam pedido – pelo pacote de seis jogos da liga e três da Copa da Liga. Mas o movimento já prenunciava a nova relação entre clubes e TV, que culminaria na criação da Premier League.


3. O início arrasador do Manchester United


Sem futebol na TV, só quem foi aos estádios viu o começo espetacular de temporada do Manchester United de Ron Atkinson, com 10 vitórias nos 10 primeiros jogos, marcando 27 gols e levando apenas três. O time estreou goleando o Aston Villa por 4 a 0 em Old Trafford, bateu Arsenal e Nottingham Forest fora de casa, impôs um categórico 3 a 0 ao Newcastle, venceu o derby local aplicando 3 a 0 no Manchester City em Maine Road e surrou o West Bromwich Albion por 5 a 1 nos Hawthorns. Na décima partida, o 1 a 0 sobre o Southampton em casa, gol do atacante galês Mark Hughes, deixou os Red Devils a apenas uma vitória de igualarem o recorde histórico da primeira divisão estabelecido pelo Tottenham de 1960-61.


O Manchester United na foto oficial para a temporada, com a taça da FA Cup de 1985 em destaque.
O Manchester United na foto oficial para a temporada, com a taça da FA Cup de 1985 em destaque.

A marcha vitoriosa, no entanto, foi interrompida no jogo seguinte, empate em 1 a 1 na visita ao Luton em Kenilworth Road. Mas a equipe ainda permaneceria invicta até o começo de novembro. Vindo de vencer a FA Cup pela segunda vez em três anos, o Manchester United era apontado agora como uma equipe madura e de elenco sólido o bastante para enfim sair de seu longo jejum na liga, que já se aproximava dos 20 anos. No entanto, a grande campanha começaria a escorrer pelo ralo quando o grande condutor da equipe, o meia e capitão Bryan Robson, passou a se ver às voltas com uma persistente lesão nos tendões.


E ficaria pior: em março de 1986, num jogo contra o West Ham pela FA Cup, Bryan Robson deslocou o ombro numa disputa de bola pelo chão e passou a ser dúvida até para a seleção inglesa que disputaria a Copa do Mundo no México. A vantagem na liderança, que chegou a ser de dez pontos até a 15ª rodada, aos poucos foi se esvaindo até o clube ser desalojado da liderança no começo de fevereiro. E os Red Devils terminariam apenas em quarto lugar.


4. Com Lineker, o Everton ainda mais forte


Atuais campeões, os Toffees se mantiveram nas manchetes com a contratação de maior impacto da temporada, ao pagarem £900 mil (recorde do clube) ao Leicester pelo atacante Gary Lineker, artilheiro da temporada anterior ao lado de Kerry Dixon, do Chelsea, e nome ascendente na seleção inglesa. Por outro lado, quem deixaria Goodison Park para abrir espaço ao novo goleador é o escocês Andy Gray, ídolo da torcida, que chegou a correr um abaixo-assinado protestando contra a saída do carismático atacante para o Aston Villa.


Lineker comemora um de seus 40 gols pelo Everton na temporada.
Lineker comemora um de seus 40 gols pelo Everton na temporada.

Em campo, o Everton hesitou no começo da temporada, mas logo passou a brigar pelas primeiras posições, embalado por resultados como a goleada de 6 a 1 sobre o Arsenal em novembro. Lineker foi fazendo sua parte, balançando as redes adversárias com espantosa regularidade, somando 40 gols em todas as competições até o fim da temporada – 30 só na liga. Até que, em 1º de fevereiro, o time de Howard Kendall aproveitaria o declínio do Manchester United para enfim assumir a liderança ao bater o Tottenham por 1 a 0 em casa.


Ainda em fevereiro, no dia 22, os Toffees venceriam o rival Liverpool em Anfield por 2 a 0, deixando a impressão de estarem mais prontos do que nunca para o bicampeonato. Mas no fim de março, uma crise de lesões – entre elas a do goleiro e capitão Neville Southall, um dos pilares do time – e uma sucessão de tropeços inesperados fariam a equipe perder a liderança justamente para os Reds. A briga, contudo, seria boa até as últimas rodadas.


5. O melhor West Ham da história da liga


A grande surpresa da temporada, no entanto, foi o West Ham. Se não tinham os nomes lendários dos anos 1960, como Bobby Moore, Geoff Hurst e Martin Peters, os londrinos mostraram uma jovem dupla de frente formada pelo semidesconhecido escocês Frank McAvennie (trazido do Saint Mirren em julho) e pelo inglês Tony Cottee, que os levaria a cumprir a melhor campanha da história do clube na liga, brigando até a última rodada pelo título. No caminho, aplicariam 4 a 0 no Chelsea em pleno Stamford Bridge e absurdos 8 a 1 no Newcastle, com direito a hat-trick do zagueiro Alvin Martin. Dirigidos por John Lyall, acabariam na terceira colocação, apenas quatro pontos atrás do campeão Liverpool.


A dupla artilheira Frank McAvennie e Tony Cottee e a belíssima camisa do West Ham de 1985-86.
A dupla artilheira Frank McAvennie e Tony Cottee e a belíssima camisa do West Ham de 1985-86.

6. Outra boa surpresa londrina, o Chelsea


Quem também fez boa temporada – a melhor desde o começo dos anos 1970 – foram os Blues, treinados por John Hollins. Com a dupla de ataque formada pelo inglês Kerry Dixon (reserva de Lineker na seleção) e pelo escocês David Speedie, o Chelsea não chegaria a liderar o campeonato, mas passaria boa parte da temporada entre os primeiros colocados, na cola dos ponteiros. Em março, o time conquistaria a edição inaugural da Full Members' Cup numa final maluca diante do Manchester City em Wembley – o Chelsea chegaria a abrir 5 a 1, mas o City marcou três vezes nos últimos dez minutos para diminuir para 5 a 4.


No entanto, a taça seria a última alegria do clube na temporada, já que logo depois os Blues sofreriam duas calamitosas goleadas em sequência: 4 a 0 para o West Ham em Stamford Bridge e 6 a 0 para o Queens Park Rangers na grama sintética de Loftus Road (na última rodada, voltariam a ser goleados em casa: 5 a 1 para o Watford). O futuro dos Blues tampouco parecia animador: em 20 de maio os dirigentes anunciaram um plano de venda do terreno do estádio, prevendo sua demolição para dar lugar a um condomínio residencial e a mudança temporária do Chelsea para Craven Cottage, dividindo a casa com o Fulham.


7. “Corujas” também em boa fase


Promovido em 1984 junto com o Chelsea após 14 anos fora da elite, o Sheffield Wednesday também fez temporada consistente. Dirigido por Howard Wilkinson, futuro técnico do Leeds campeão inglês de 1992, e contando com um elenco sem estrelas, mas mesclando nomes rodados e ascendentes do futebol inglês da época, como os pontas Mark Chamberlain e Brian Marwood e os atacantes Garry Thompson e Lee Chapman, foi o responsável por quebrar a invencibilidade inicial do Manchester United ao derrotar os Red Devils por 1 a 0, gol de Chapman, em seu estádio de Hillsborough no dia 9 de novembro de 1985.


O Sheffield Wednesday de Howard Wilkinson: boas campanhas em meados da década.
O Sheffield Wednesday de Howard Wilkinson: boas campanhas em meados da década.

O clube de South Yorkshire chegou a ser vice-líder no fim de agosto e passou a maior parte do campeonato entre a quinta e a sétima posições, destacando-se não só por se mostrar quase imbatível em casa como por conquistar um bom número de triunfos como visitante. Na reta final, após chegar às semifinais da FA Cup e cair para o Everton no campo neutro do Villa Park, emendou uma série de sete jogos sem derrota (cinco vitórias e dois empates) para se consolidar na quinta colocação. Nesta sequência, voltou a bater o Manchester United, agora em Old Trafford, por 2 a 0. E ao longo da campanha, também registraria vitórias em casa e fora sobre Manchester City, Nottingham Forest e Southampton, entre outros.


8. Os grandes feitos do estreante Oxford United


Na parte de baixo da tabela, o Oxford United também brilhou à sua maneira, mesmo após perder o técnico Jim Smith, que saiu para comandar o Queens Park Rangers antes do início da campanha. Estreante na primeira divisão e vindo de dois acessos consecutivos, brigou contra a degola na maior parte do tempo, mas ainda assim deixou sua marca na temporada. Em fevereiro, goleou o Chelsea dentro de Stamford Bridge por 4 a 1. No mês seguinte, levantou o caneco inédito da Copa da Liga em Wembley com um sonoro 3 a 0 sobre o bom time do Queens Park Rangers de seu ex-técnico Jim Smith, tido como favorito na ocasião.


Não satisfeito, o Oxford ainda desempenharia papel crucial na definição do campeonato: em 30 de abril, daria uma grande ajuda ao Liverpool ao bater o Everton por 1 a 0 em seu estádio de Manor Ground, na maior zebra da reta final da liga. Por fim, no começo de maio, garantiria sua permanência na elite por um ponto com outra grande vitória: 3 a 0 no Arsenal. Os destaques do time eram o meia Ray Houghton e o centroavante John Aldridge, autor de 23 gols no campeonato. Os dois logo iriam brilhar no Liverpool e na seleção da Irlanda.




9. O declínio de Ipwsich e West Brom


Times que marcaram época no futebol inglês na virada dos anos 1970 para os 1980, Ipswich Town e West Bromwich Albion atravessaram a temporada 1985-86 de maneira desastrosa e acabaram rebaixados, pondo fim a uma longa estadia na elite. Era o triste desfecho para um declínio que ambos começaram a amargar desde que os treinadores que os levaram ao auge os deixaram: Bobby Robson no Ipswich e Ron Atkinson no West Brom.


Com Bobby Robson, o Ipswich passou uma década, entre 1973 e 1982, terminando sempre entre os seis primeiros colocados na liga – exceto em 1977-78, quando, em compensação, venceu a FA Cup. O ápice veio nas duas últimas temporadas desta era: em 1980-81, os Tractor Boys brigaram palmo a palmo pelo título do campeonato com o Aston Villa (ficaram com o vice) e levantaram a Copa da Uefa. Já no ano seguinte, repetiram o segundo lugar, desta vez atrás de um Liverpool que arrancou de maneira avassaladora na reta final.


Robson, no entanto, saiu para comandar a seleção inglesa após a Copa do Mundo de 1982, deixando no cargo seu antigo auxiliar, Bobby Ferguson. O clube, entretanto, começava a ter problemas financeiros e foi aos poucos se desfazendo de peças importantes do elenco. Naturalmente, os resultados piorariam a cada temporada: do vice-campeonato em 1981-82, o time desceu para o nono lugar na primeira campanha com Ferguson. Depois vieram um 12º e um 17º, como que preparando o terreno para um descenso iminente.


De cara, o time perdeu suas duas primeiras partidas. Mas ao ficar 12 jogos sem ganhar - com dez derrotas e dois empates - entre 14 de setembro e 23 de novembro, é que o quadro se agravou de vez. No inverno, o Ipswich ensaiou uma reação e chegou a vencer o Liverpool em Portman Road por 2 a 1 no dia 1º de fevereiro. Mas a partir de abril, as forças de reação pareceram se esvair, e o time só venceu um dos últimos oito jogos – curiosamente, contra o Oxford United (3 a 2), com quem travava a briga mais direta contra o descenso.


O Ipswich no álbum de figurinhas do campeonato de 1985-86.
O Ipswich no álbum de figurinhas do campeonato de 1985-86.

Ironicamente, a queda só foi selada depois que o Ipswich já havia terminado seu calendário: quando o time fez sua última partida, perdendo por 1 a 0 na visita ao Sheffield Wednesday em 3 de maio, estava fora da zona de rebaixamento. Mas dependia do tropeço do Oxford contra o Arsenal dali a dois dias – o que não aconteceu: no Manor Ground, o time da casa venceu por 3 a 0. Após 18 temporadas na elite, o time de Norfolk jogaria a segunda divisão.


Já o West Brom, além de fazer história no fim dos anos 1970 com sua trinca de astros negros (num tempo em que eles ainda eram raros no futebol inglês) apelidada "Three Degrees", terminou em terceiro em 1978-79 e em quarto em 1980-81, chegou duas vezes às semifinais da FA Cup e revelou jogadores como Bryan Robson - levado pelo técnico Ron Atkinson para o Manchester United logo após a transferência do próprio treinador para os Red Devils.


Após a saída dos dois, os Baggies passaram a brigar do meio da tabela para baixo. Até a lamentável temporada 1985-86, durante a qual a equipe trocou de técnico duas vezes: em setembro, o irlandês Johnny Giles, que já dirigira o time nos anos 1970, foi substituído pelo ex-meia campeão mundial Nobby Stiles, que, por sua vez, cedeu o posto em março a Ron Saunders, campeão com o Aston Villa em 1981. Mas as trocas de nada adiantaram: o clube se arrastou na lanterna durante praticamente toda a campanha, com números pífios.


Nem a boa intenção da campanha antitabagista salvou a desastrosa temporada do West Brom.
Nem a boa intenção da campanha antitabagista salvou a desastrosa temporada do West Brom.

Das 42 partidas, o West Brom venceu só quatro – duas delas contra o também condenado Birmingham. Teve de longe a defesa mais vazada da primeira divisão, com 89 gols sofridos. E, ainda com quatro jogos por fazer, acabou com o inevitável descenso confirmado após a derrota para o Queens Park Rangers por 1 a 0 em Loftus Road no dia 12 de abril. Presente na primeira divisão por uma década (1976-77 a 1985-86), o clube só voltaria à elite em 2002.


10. No fim, o improvável virou previsível


E tudo acabou como quase sempre acabava na época: com o Liverpool campeão. Mesmo com um time sensivelmente mais fraco do que em anos anteriores, no qual nem os próprios jogadores acreditavam. O ídolo Kenny Dalglish, em sua primeira temporada conciliando os postos de jogador e técnico, substituindo Joe Fagan, redefiniria o conceito de “decisivo” ao “se escalar” para a última partida, contra o Chelsea em Stamford Bridge no dia 3 de maio, e marcar o gol da vitória por 1 a 0, selando a conquista da 16ª liga da história dos Reds.


Para completar, uma semana depois viria o título da FA Cup ao vencer de virada o rival Everton por 3 a 1 com dois gols de Ian Rush e um de Craig Johnston. Menos qualificado tecnicamente ou não, o fato é que aquele Liverpool conquistou a única dobradinha liga + FA Cup do clube. Aliás, até mais do que isso se considerarmos o título da pouco prestigiada English Super Cup (também sobre o Everton). E ainda chegou às semifinais da Copa da Liga, caindo em Anfield ao levar o empate do Queens Park Rangers nos minutos finais.


Kenny Dalglish: o técnico que marcou o gol do título.
Kenny Dalglish: o técnico que marcou o gol do título.

A título de curiosidade, os clubes que teriam se classificado para as copas europeias ao final daquela temporada seriam o Liverpool na Copa dos Campeões, o Everton na Recopa (como vice da FA Cup) e West Ham, Manchester United, Sheffield Wednesday e Oxford United na Copa da Uefa (este último, pela vaga da Copa da Liga). A não ser, é claro, que algum clube inglês tivesse hipoteticamente conquistado algum caneco do continente em 1985-86.

 
 
 

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